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Foto: GIL GUZZO
As poesias de Cruz e Sousa e de Charles Baudelaire foram relacionadas, respectivamente, em duas obras: a primeira intitulada: A metáfora do esgrimista (2011), localizada rua Ferreira Lima no Centro de Florianópolis; e a outra O Sol, 2016, Estreito. “Tropeçando em palavras como nas calçadas, topando imagens desde há muito já sonhadas” (BAUDELAIRE, 1985, p. 319)
Foto: GIL GUZZO
O título da A metáfora do esgrimista, não apareceram na obra, somente embasa o processo criativo, simboliza o ato metafórico, de gravar poesias nas calçadas, anunciado por Baudelaire na poesia O Sol. Com a expressão o poeta desejava falar do duelo em que o artista se envolve, e ao mesmo tempo como artísticos os traços marciais. A poesia Aspiração, que Cruz e Sousa fez para Julieta dos Santos, foi gravado com jato de areia, na calçada na rua Ferreira Lima, 199, Centro. E parte dela, fundidos em duas placas de bronze (tampas de bueiros). “Enquanto tu fulgires nas alturas eu errarei nas densas espessuras da terra sob a rigidez do asfalto”; Em outra extremidade da calçada, um facho de luz rompe o solo, circundado pela continuação da poesia, “… Embalde o teu clarão me enleva e calma”. (Cruz e Sousa)
Foto: GIL GUZZO
A 4ª edição do Festival de Esculturas do Rio realizada durante o mês de junho em quatro tradicionais instituições do Centro da Cidade: Casa França-Brasil, Museu Nacional de Belas Artes, Centro Cultural Correios e Paço Imperial. O evento buscou o intercâmbio entre 53 artistas, nacionais e internacionais, com diversas origens e linguagens, oferecendo um grande passeio por sensações visuais, táteis e sonoras.
The 4th edition of the Rio Sculpture Festival held during June in four traditional institutions of the City Center: Casa França-Brasil, National Museum of Fine Arts, Correios Cultural Center and Paço Imperial. The event sought the exchange between 53 national and international artists, with diverse backgrounds and languages, offering a great tour of visual, tactile and sound sensations.
The SELFIE installation is inspired by the Braille alphabet, and the points are simulated by the ready-made mirrors, in order to think about the contemporary cultural phenomenon, which exposes a human desire to feel noticed, appreciated and finally, recognized. But the obsessive use of SELFIES disclosed in social media has been associated with the symptoms common to mental disorders, these include loneliness, low self-esteem, narcissism, and egocentrism.
“agoridade” [Jetztzeit] o “tempo do agora”
De 21 de março à 03 de maio de 2019.
Galeria do Mercado Municipal de Florianópolis
“A história é objeto de uma construção cujo lugar não é o tempo homogêneo e vazio, mas um tempo saturado de ‘agoras’”. (…) ” O “agora”, que como modelo do messiânico abrevia num resumo incomensurável a história de toda a humanidade, coincide rigorosamente com o lugar ocupado no universo pela história humana”. Walter Bejamin
Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) / Centro Integrado de Cultura (CIC)
Visitação: 27 de fevereiro a 26 de maio de 2019.
“Nosso enfoque não foi apenas nas linguagens, mas sim no mapeamento de obras em que o humano se faz como marca, ora como campo observatório do outro, em suas subjetividades, ora como corpo performativo do próprio artista”, adiantam os curadores.
Com curadoria de Franzoi e Juliana Crispe, a mostra “Frequentar os incorporais: entre o movimento e o silêncio”, faz um recorte entre os anos de 1980 a 2018, destacando destes anos a produção de fotografia e vídeo como linguagens que ganham campo no acervo do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), bem como demarcam suas presenças na produção artística nacional.
O Centro Integrado de Cultura (CIC) recebe a partir do dia 15 de fevereiro o Festival de Esculturas Itinerantes. Com a participação de 26 artistas de diferentes Estados do Brasil e internacionais, a mostra foi criada a partir dos resultados do Festival de Esculturas do Rio de Janeiro, que terá sua quarta edição em abril de 2019 na capital fluminense, ocupando, simultaneamente, diferentes museus, centros culturais e praças da Cidade. A exposição fica aberta até 10 de março, com entrada gratuita, no Espaço Lindolf Bell.
O Festival Itinerante existe desde julho de 2017 e já passou pelo Museu Nacional da República, em Brasília; pela Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia; Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul; Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul; e Instituto Internacional Juarez Machado, em Joinville (SC). Com a curadoria e organização do produtor de artes visuais carioca Paulo
Branquinho, a mostra apresenta esculturas de diferentes técnicas, materiais e estilos. O visitante passeia pela diversidade.
Entre os artistas participantes estão os cariocas Gonçalo Ivo, Raul Mourão, Marcos Cardoso, Robson Macedo, Gianguido Bonfanti e Cris Cabus; o paulista Ângelo Augusto Milani; o mineiro Jorge dos Anjos; a chilena Lorena Olivares; o italiano Renato Brunello; e o dinamarquês Jesper Neergaard. De Santa Catarina, o Festival terá trabalhos de Giovana Zimermann, Juarez Machado e Pita Camargo.
Giovana Zimermann “agoridade” [Jetztzeit] o “tempo do agora”
“A história é objeto de uma construção cujo lugar não é o tempo homogêneo e vazio, mas um tempo saturado de ‘agoras’”. (…) ” O “agora”, que como modelo do messiânico abrevia num resumo incomensurável a história de toda a humanidade, coincide rigorosamente com o lugar ocupado no universo pela história humana”. Walter Bejamin
De 15 de fevereiro até 10 de março de 2019.
Espaço Lindolf Bell – Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600
Florianópolis – SC – Brasil
A obra de Arte Pública intitulada “Para escutar a cidade”, está localizado no balneário do Estreito, bairro continental da cidade de Florianópolis. Trata-se de uma escultura, executada em aço polido que espelha um texto gravado na pedra, cuja textura se assemelha a uma peça arqueológica, ornamentada pela repetição da frase-título para escutar a cidade, em diversos idiomas, entre os quais: árabe, francês, chinês, italiano, javanês, tailandês, inglês, vietnamita, persa, português, macedônio e, até, uma língua artificial, o esperanto. A própria escultura porta uma luminária em formato de diamante, aludida à preciosidade ditada pela cidade.
TO LISTEN TO THE CITY
The Public Art work entitled “To listen to the city” is located in the Estreito resort, a continental district of Florianópolis. It is a sculpture made of polished steel that mirrors a text engraved in stone, whose texture resembles an archaeological piece, ornamented by the repetition of the title phrase to listen to the city, in several languages, including: Arabic, French, Chinese, Italian, Javanese, Thai, English, Vietnamese, Persian, Portuguese, Macedonian and even an artificial language, Esperanto. The sculpture itself carries a diamond-shaped lamp, alluded to the preciousness dictated by the city.
शहर में आने के लिए
“शहर को सुनने के लिए” लोक कला का काम, एस्ट्रीटो रिसॉर्ट में स्थित है, जो फ्लोरिअनपोलिस का एक महाद्वीपीय जिला है। यह पॉलिश स्टील से बनी एक मूर्तिकला है, जो पत्थर में उकेरे गए एक पाठ को चित्रित करती है, जिसकी बनावट एक पुरातात्विक टुकड़ा से मिलती-जुलती है, जो शहर को सुनने के लिए शीर्षक वाक्यांश के दोहराव से अलंकृत है, जिसमें अरबी, फ्रेंच, चीनी, इतालवी शामिल हैं: , जावानीस, थाई, अंग्रेजी, वियतनामी, फारसी, पुर्तगाली, मैसेडोनियन और यहां तक कि एक कृत्रिम भाषा, एस्पेरांतो। मूर्तिकला में हीरे के आकार का दीपक होता है, जो शहर द्वारा तय की गई बेशकीमती चीजों से जुड़ा होता है।
Nela também há uma placa com uma citação do livro “As Cidades Invisíveis” de Ítalo Calvino,
“As cidades também acreditam ser obra do espírito ou do acaso, mas nem um nem outro bastam para sustentar as suas muralhas. De uma cidade não aproveitamos as suas sete ou setenta maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas”, Italo Calvino, As Cidades Invisíveis” (1972).
‘Cities also believe they are the work of the mind or of chance, but neither the one nor the other suffices to hold up their walls. You take delight not in a city seven or seventy wonders, but in the answer it gives a question of yours’. Italo Calvino, “Invisible Cities” (1972)
“Para escutar a cidade”, 2017, foi o meu último projeto, aprovado pela Lei Complementar nº 482/2014, Florianópolis – SC – Brasil. Leia mais em: http://emetropolis.net/
“De uma cidade não aproveitamos as suas sete ou setenta maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas” (Ítalo Calvino, 1972).
Ítalo Calvino, em sua obra As cidades Invisíveis (1972), lembra que uma cidade é como um sonho, mas que os sonhos escondem desejos e medos, porém, mesmo assim, o escritor reitera a necessidade de se escutar a cidade.
“A cidade como castelo de cartas” é uma obra composta pela delicada justaposição de quatro placas metálicas (620×800), com uma textura composta pela frase “para escutar a cidade”, gravadas em diversos idiomas, entre os quais: árabe, espanhol, francês, chinês, italiano, javanês, tailandês, vietnamita, persa, português, macedônio e, até, uma língua artificial, o esperanto. Trata-se de uma continuidade da obra de Arte Pública intitulada “PARA ESCUTAR A CIDADE”, que está instalada no edifício CEU, localizado no balneário do Estreito, bairro continental da cidade de Florianópolis.
Ao pensar essa proposta artística, lanço mão da metáfora do “castelo de cartas”, para falar da fragilidade da cidade contemporânea. Segundo relatórios da UNESCO (2016), o crescimento econômico e a criação de riquezas reduziram as taxas globais de pobreza, mas a vulnerabilidade, e a desigualdade ainda persistem, gerando exclusão e por consequência a violência. O resultado da desigualdade socioeconômica, aparecem nas formas espaciais das cidades, exemplificados pelos “microestados”, expressão cunhada por David Harvey (2008), para falar dos condomínios fortificados, ou “ilhas hostis”, conforme denomina Jane Jacobs, autora de “”Morte e Vida de Grandes Cidades (The Death and Life of Great American Cities, 1961), uma obra que resume a visão do novo urbanismo: “Quando duas ou mais dessas ilhas hostis são justapostas, denomina-se o resultado “bairro equilibrado”.(JACOBS, 1961, p.15)
Mas até quando se equilibrará o castelo de cartas?
Festival de Esculturas do Rio e Itinerantes
A apresentação dos curtas Da Janela (2009) e Brancura (2016) reforçam a importância de falar sobre o assunto através da arte e da comunicação em geral
Por Mateus Lima
Carla Tôzo
A oficina organizada pelo professor Luiz Fernando Lopes Tabet teve como convidada a professora Giovana Aparecida Zimermann, graduada em Licenciatura em Desenho na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), com especialização em Linguagem Plástica Contemporânea pela UDESC e doutorado em Literatura pela Universidade Federal do Estado de Santa Catarina, UFSC.
A professora falou sobre o seu trabalho como roteirista e diretora na trilogia ficcional Os três tempos, em que discute a violência contra a mulher inspirada pelos estudos de Jacques Lacan, O instante de ver, O tempo de compreender e o Momento de concluir, além de exibir os filmes Da Janela e Brancura. “Eu acho que nós vivemos em um momento político fundamental para que o audiovisual se posicione, em todos os âmbitos, seja no Rádio, Tv ou trabalho de arte, porque são debates que estão relacionados com o tempo crítico que vivemos, o tempo político”, disse.
Giovana enfatizou a importância do acesso a essas profissões para pensar questões sobre o passado e construir um futuro diferente. “Se a gente não conhece a história, a história nos atropela. E acho que uma parcela muito grande da sociedade, simplesmente, passou pela história, talvez, muito confortável para se preocupar e ter empatia com outro, e para valorizar todo o avanço social que a gente teve em várias questões da minoria.”
Muito raramente, nos dias de hoje, vê-se um diálogo fluente entre o cinema e a poesia. A palavra e a imagem nesse lugar, onde se vai contar uma história, um sonho, um trauma, um momento… Que me permito chamar de silêncio. Silêncio este que nos conduz, ou não, ao sublime encantamento das análises, dos afetos e desejos. Na verdade, uma transcendência do real! Se bem entendo, o desejo de uma nova percepção do mundo da mulher. O particular poetizado, rompendo com o ser/mercadoria. E, no que vai digerindo o espaço da dor, o movimento da personagem realiza intervenções poéticas que terminam com dois poemas diretamente ligados à consciência e à liberdade de ser demasiadamente humana.
O cinema talvez seja esse encontro de opostos. Mapeador de movimentos duros e afetos. E precisamos, sim, da ficção para ensaiarmos um ser mais humano e melhor, pois todos os sistemas existentes não nos autorizam a valorizar o entendimento, o afeto e a criação seja ela lá qual for. Querem a violência, a miséria, o espetáculo, a fome, a guerra… E, no que reina uma densidade infinita de vazios, o desprezo passa ser, sim, pelo saber e pelo humano! O desprezo cultivado na política, na religião, na burocracia, no trabalho, nos afetos e na própria vida. Eis, pois, no nosso caso, a doença do capitalismo: o horror reservado aos poucos que ainda pensam, sonham, fazem e amam.
Considero imoral e injusta a força medíocre da burocracia. E foi sempre assim. É assim, e continuará sendo assim! Basta ver a força dos porcos e imundos nas repartições públicas. Digamos, associações e lembranças de significações desumanas passadas, e, na verdade, sempre presentes. E, entre clichês e percepções, o tempo da mulher sofrida, sendo poeticamente observado por Giovana Zimermann, no seu delicado e angustiante “BranCura”. Um filme de livre engajamento com o universo da narrativa poética.
Como bem fala Todorov: “Para produzir a obra de arte, deve-se aceitar o mundo, uma prática que começa com a tolerância, prossegue com atenção e respeito e culmina no amor – um amor despojado do desejo egoísta de posse”. Mas, “branCURA” não é uma ilustração televisiva das novelinhas e novelões do universo da mulher, mas o niilismo e a brutalidade sendo questionados pelo cinema autoral. Assiste-se, com muita angústia, à capitulação da dor e ao soerguimento da vida como obra de arte.
O filme de Giovana Zimermann arrebata e comove em tentar compreender o lento movimento do desencanto da personagem, lindamente vivida por Angélica Mahfuz. Tudo se passa como se o insensível lado dos afetos fosse o personagem principal. Não é, mas se faz presente! Penso em
Clarice Lispector, Rilke, e Antonioni, no seu “Deserto Vermelho”, em… são muitas as referências. A jovem e talentosa atriz vai levantando os véus obscuros do seu trauma, da sua solidão, e o faz com lentos movimentos que lembram as esculturas de Rodin. E, no seu percurso dos desencontros, a violência, as cicatrizes, o sangue, as dores, o gesto e talvez a morte.
Um filme de esvaziamentos dos avessos lados das dúvidas, que são as tantas e tantas certezas nas quais somos atados, da educação à morte. Das famílias mal formadas pela religiosidade aos hospícios. No filme, uma rica tentativa de reunificação de pedaços vindos do esgotamento. O esgotamento na presença e nas imagens, que remetem a uma musicalidade ainda que sofrida, poética. John Cage dizia que: “Um meio de escrever música: era o de estudar Duchamp”. Precisa falar mais?
O curta “BranCura” é uma pequena ópera visual de passagens, que nos remetem a Chopin, Satie e, por que não, a Billy Hollyday? Imagens poéticas que se multiplicam numa meditação sensível sobre o uso da violência no mundo da mulher. A mulher/intuição. A mulher/dor. A mulher/poesia. A mulher/saber. A mulher/sonho. A mulher/mulher, com seus encontros, desencontros, caminhos e espaços. Aliás, a jovem e bela atriz é uma experiência criativa única no nosso cinema. É mais que a personagem e se deixa levar pelos ventos da criação. Uma projeção ímpar de um compartimento afetivo com o tema. E a interpretação dessa talentosa atriz, me fez lembrar muito a música “Gymnopédies”, de Erik Satie, numa corporeidade real da dor, capaz de fazer doer a percepção do outro. Que no seu processo de construção e movimentos vive caminhos obscuros muito comuns; mais às mulheres pobres.
E mais: uma atriz que me faz ir além da sua representação, num processo de interiorização do cotidiano trabalhado não como ofício, mas como paixão. Que faz da presença e do movimento uma experiência adquirida, numa espécie de ressignificação de eus. Eus que nos fazem renascer entre sonhos, impulsos e ações desafiadoras para verdadeiros atores! Personagem que se metamorfoseia em cada situação, indo das tantas subjetividades da atriz, a uma verticalidade de situações concretas. E Giovana Zimermann a filma como um conjunto de potências extraídas do mundo, como anti-espetáculo, com o corpo físico ligado a uma interioridade dilatada, capaz de estabelecer uma espécie da brancura de onde o filme parte, resgatando percepções e sentimentos no cultivo da delicadeza. Como diria Rimbaud: “É falso dizer: eu penso;/ Deveriam dizer: pensam-me”. Ou seja, não vos apiedai dela! Ela é só uma multiplicidade poética de imagens e ideias. Ela, se enfaixando com gazes, de costas para o quadro, é quase a vivência de uma dança sem movimento. Que prazer ver essa bela atriz se procurar na personagem!
De algum modo a personagem tenta criar uma obra de arte que lembra tanto uma vagina como um cinto de castidade. É a presença do sublime da criação do fazer! Um filme que desconfigura o banal na procura poética do real. Afinal, o que é a vida? Kafka diria que “o significado da vida é que ela termina”. Daí pra frente é, sim, a tentativa do encontro e do prazer nem sempre fácil. E, ao criar sua narrativa complexa, Giovana Zimermann, transcende experimentações e regras no movimento musical das imagens. “BranCura” é um filme/sonho, ilustrado com imagens delicadas e poderosas de uma artista visual ímpar no nosso cinema. Por fim, a imagem como realidade de encontros e afetos partidos. Herança maldita da má formação de todos nós. E, entre o desejo e o real, uma soma infinita de sonhos irrealizados, tendo de um lado seres que fingem, do outro os doentes e entre os dois os que se deixaram morrer para a vida. E entre medos e angústias, o vagar sem direção. Por fim, diante da água, seu encontro com a poesia de Baudelaire e Cruz e Souza. Uma maneira solar, de se entender, de se possuir como mulher. E não ser possuída como um simples objeto descartável. Isso a TV e a religião fazem melhor!
LUIZ ROSEMBERG FILHO/RÔ