FESTIVAL DE ESCULTURAS ITINERANTES MS

Sexta-feira 23 de março  será a abertura do “Festival de Esculturas Itinerantes”, que teve início no Rio de Janeiro pela iniciativa e curadoria de Paulo Branquinho, e eu tenho a alegria de fazer parte.

Será no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul – MARCO.
Passei minha infância e parte da adolescência no Mato Grosso do Sul (final da infância em São Gabriel do Oeste e início da adolescência em Campo Grande). Foi um período muito importante na minha formação. Desfrutei do prazer de crescer em contato com a natureza exuberante do Pantanal Mato-Grossense, e com a dor de perder o meu pai de forma trágica. Só consegui elaborar a traumática experiência, vivida no “Grande Campo”, quinze anos depois. A resposta veio em forma de poesia que fez parte de uma exposição intitulada: “Linhas, cordas ou cordões umbilicais”( MIS Florianópolis -SC de 12 – 29 de agosto de 1999. Compartilho aqui.

“Escolhi a leveza
para falar da dor.
A liberdade
para falar das amarras que me seguem,
de um prenúncio nos postes
e muros de um Grande Campo.
Tão cedo você se foi!
Era primeiro de maio,
e a pá não me deixa esquecer.
Que ironia visual!
Eu só precisava três passos
para te acompanhar.
Tão cedo pinçado de mim!
Só precisava três passos
para te alcançar.
No cerrado, escolheu a coragem
para enfrentar as “sete covardias”.
E eu, a leveza,
para falar do peso da tua falta.
Após quinze anos escolho a beleza,
para falar do horror
que te levou…”

 

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