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 GIOVANA ZIMERMANN

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Linhas, Cordas ou Cordões Umbilicais (1999)

Local: Museu de Imagem e do Som (MIS), Florianópolis – SC
Período: 12 – 29 de agosto de 1999

A instalação Linhas, cordas ou cordões umbilicais, composta por 15 pequenos corpos sustentados  por fios de nylon e tubos de soro sobre uma placa de aço inoxidável. 

foi exibida no MIS Florianópolis e integrou arte e tecnologia ao colocar monitores de TV na entrada do museu, onde os visitantes se viam projetados para quem estava do lado de fora, criando uma interação inesperada entre o público interno e externo.  

Desenvolvida durante minha especialização em arte contemporânea no CEART/UDESC, essa instalação explorava temas profundos como vida e morte, foi fruto de um processo de reflexão sobre o falecimento do meu pai. A obra não apenas abordava questões de fragilidade e conexão humana, mas também se entrelaçava com uma poesia, homônima,  surgida em um sonho, que refletia sobre a dor da perda.

Poema da exposição: Linhas, cordas ou cordões umbilicais

"Escolhi a leveza
para falar da dor.
A liberdade
para falar das amarras que me seguem,
de um prenúncio nos postes
e muros de um Grande Campo..."

A instalação também foi homenageada com a poesia A dor por um fio, de Rita de Cássia Alves, que celebrou as nuances da obra ao destacar a fragilidade e a resiliência do corpo e da mente humanas.

Poesia:

"A dor por um fio
é tênue o fio que ampara o corpo esse aprendiz
da raiz o sentimento vergou-se por inteiro..."

Essa exposição foi um marco na minha trajetória artística, entrelaçando sentimentos ancestrais e criando diálogos sensíveis entre arte, vida, e tecnologia.

 

POESISA COMPLETAS: 

Escolhi a leveza

para falar da dor.

A liberdade

para falar das amarras que me seguem,

de um prenúncio nos postes

e muros de um Grande Campo.

Tão cedo você se foi!

Era primeiro de maio,

e a pá não me deixa esquecer.

Que ironia visual!

Eu só precisava três passos

para te acompanhar.

Tão cedo pinçado de mim!

Só precisava três passos

para te alcançar.

No cerrado, escolheu a coragem

para enfrentar as “sete covardias”.

E eu, a leveza,

para falar do peso da tua falta.

Após quinze anos escolho a beleza,

para falar do horror

que te levou… 

 

A Dor por um fim

À Giovanna Zimermann,

 

É tênue,

O fio que ampara 

O corpo, esse aprendiz. 

Da raiz, o sentimento

 Vergou-se por inteiro 

E quedou calado,

Misturado em argila e pó. 

Só é reticente 

Meu coração malabarista 

Tateia pelos teus poros. 

E aspira a queda,  enfim.  

(Rita de Cássia Alves)

Avenida dos Búzios, 3200 Jurerê Internacional – Florianópolis - SC. 

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