A criação de "O Deserto como Bandeira da Paz" foi inspirada por um simples pano azul que vi sendo movido pelo vento, transformando-se em um tapete voador. Motivada por essa cena poética e pela história conflituosa entre Índia e Paquistão, países que disputaram a região da Caxemira em múltiplos conflitos, propus uma intervenção que representasse a paz.

Com um pano branco, adquirido no mercado local, e vergalhões de ferro usados para montar as tendas do festival, instalei uma bandeira de paz no deserto de sal, simbolizando a reconciliação entre os dois países. A vastidão do deserto e a suavidade do pano representaram o desejo de diálogo e convivência pacífica. Mais do que um gesto estético, a obra levantou uma reflexão sobre a importância de transformar paisagens em símbolos de união e coexistência.

Esses trabalhos de Land Art mostram como a arte pode transcender o espaço físico e abordar questões globais, como a desigualdade social e os conflitos geopolíticos. Através da interação com a paisagem, eles criam pontes entre o local e o global, propondo novas formas de resistência e diálogo.