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 GIOVANA ZIMERMANN

Armila I. (2013)

Lendo "Armila, a cidade Delgada," surgiu o desejo de construir uma instalação a céu aberto. Uma obra hi-tech, composta por tubos que se entrelaçam no jardim, assemelhando-se a uma grande planta exótica, "que termina em torneiras, chuveiros, registros," mas também se configura como mobiliário urbano. Sua principal finalidade é criar um espaço de convivência para a cidade, oferecendo um local de interação, onde a água escorre misteriosamente, criando um realismo mágico.

A inspiração em "Fonte" de Marcel Duchamp deu vida a três bancos, evocando "frutas tardias que permanecem penduradas nos galhos" (CALVINO, 1990). Duchamp, representante do dadaísmo, provocou discussões sobre a aura da arte ao levar um mictório industrializado para o contexto museológico. Invertendo a "Fonte," transformou-a em algo, que se semelhante a um assento.

"A Armila," inspirada na cidade delgada de Calvino, busca trazer poesia ao cotidiano, elevando-se sobre uma calçada de pedra portuguesa. Nela, reproduz-se um trecho da malha urbana, criando uma alusão à colonização portuguesa, uma tática poética para refletir sobre uma cidade dentro de outra cidade, uma "ilha urbana," uma "cidade invisível," imaginada não por Calvino, mas por Oscar Niemeyer.

Escultura. medidas, Avenida dos Búzios, 1.136 Jurerê Internacional – Florianopolis - SC. 

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